Ser FAT , o que é?

É exactamente o que o nome indica: Família de Acolhimento Temporário. É também, como qualquer outra acção de voluntariado, extremamente recompensadora!

Porquê?

Porque sentimos que fazemos a diferença quando recebemos um gato que não conseguia estar junto a um humano (quanto mais receber uma festa) e o entregamos passado um tempo, outro gato, um gato preparado para receber carinho de um humano, um gato que se sabe comportar, que percebeu o conceito de fazer parte de uma família, que sabe que o seu lugar é naquela cama de gato ou noutra cama de humano, que aquele canto do sofá é seu .... Ou grande parte do sofá é sua... Que pode andar à vontade sem que alguém lhe faça mal. Que está protegido. E que é um gato necessário: que nos faz falta porque nos faz companhia, porque ronrona no momento em que precisamos de tranquilidade, porque se deita junto a nós quando estamos a precisar de um companheiro de 4 patas, enfim, porque está lá para nós.




























Como?

Oferecendo-lhe a proteção e o carinho que antes não teve. Dando-lhe um espaço físico e

moral na nossa vida humana do dia-a-dia.


Mas como … como? Assim ao pormenor?...

Faz-se no dia-a-dia, demora meses ou mais ... Depende da competência de cada um … ;)

Faz-se no saber recebê-lo, dar-lhe um espaço sossegado e privado de início, uma caminha e atenção q.b. ... É um gato, precisa de tempo e espaço como qualquer um de nós. É preciso seguir o ritmo dele: não deixa fazer festas ao final de uma semana, nem duas, nem muitas ... Pouco importa, está ali e a função da FAT é acarinhá-lo, nada mais do que acarinhá-lo, porque o resto da educação é fácil: um gato recebido em casa é um gato muito reconhecido: porta-se bem como que a dizer: obrigada pelo que fazes por mim.

Faz de vez em quando um disparate, claro! E aí educamo-lo, corrigimo-lo.
 


Mas como é? Mesmo?

É o mesmo que ter um gato já nosso mas dar-lhe um pouquinho mais de atenção. Um gato “normal” chega a nossa casa, estranha um dia ou dois e ambienta-se, este demora um pouco mais, é só isso. É preciso ter um pouco mais de paciência, esperar mais umas semanas até que venha à porta da sala onde estamos sentados a ver TV. Depois um dia damos por ele a dormir na nossa cama, longe, claro e assim que nos mexemos, desaparece! Não faz mal, são essas pequenas grandes conquistas que nos levam longe. E quando os chamamos um dia, chamamos outro e outro … E ele lá aparece? ... Vitória ! Aí estamos mesmo a fazer o nosso trabalho bem feito. É um daqueles momentos em que enviamos um email à associação e quase fazemos uma festa. E começamos a sentir-nos recompensados: os meses investidos começam a revelar-se. O investimento? Entrega de amor e carinho, só isso! Tão fácil!


Como é juntar um gato em FAT com os gatos próprios?

É ... mais um gato, dão-se na sua vidinha comunitária. Lá sabem das interações deles. Gostam mais de uns do que de outros. Mas há um espírito de entreajuda felina: “chega para lá que aqui onde estás ‘tá quentinho...” “‘Tá bem ....” “Chato, não me bastava um, agora tenho de aturar outro?!” “Vá, deita lá!”
 
 















E quando vai embora? Quando é adoptado?

Que medos! Eu gosto de gatos! Ele está cá em casa, faz parte da família ... Não quero!

Quer, quer! O que você não quer é mais um gato! Você quer que esse gato que ajudou a educar no sentido de o reabilitar seja adoptado por uma família só dele, que vá ser príncipe na casa dele, que domine a cama e sofá de outra família. Na sua casa estão os seus!

O princípio é: enquanto está consigo é tratado como os seus, mas ele não é seu! Você só está a reabilitá-lo para o mundo!

E depois desse, há outros, muitos outros. Calma! Se preferir pode fazer uma pausa, ficar um tempo só com os seus, voltar à família nuclear, mas isso agora já nem se usa, portanto, enquanto espera para saber se correu tudo bem com a adopção, disfruta da vida só com os seus... E sente a falta do outro elemento! Logo … é FAT de outro ;)



Autoria do testemunho: Angela V.


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